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Data: 16/12/2011

De: Leandro

Assunto: Trindade

Se Jesus é o filho, como pode ser Deus?

Data: 18/12/2011

De: Paulo Filoteus

Assunto: Re:Trindade

Se Jesus é filho, como pode ser Deus?

Por meio da revelação Bíblica, de uma Teologia Cristã, o Jesus possuía duas naturezas, uma divina e outra humana.
Quem Maria gerou, quando o Cristo nasceu? Deus ou homem? A dificuldade de se entender, pela experiência humana, esta união hipostática, leva-nos a tentar optar por um ou outro, sem contudo que se admita as duas natureza, na mesma pessoa.
Santo Agostinho formulou a doutrina da dupla relação para explicar a dupla natureza de Cristo. Deus é Pai por causa da unidade de substância do Filho e, Jesus é Filho por conta do Pai. Assim, Jesus é por essência (ousia) Deus, pertencente da mesma substância do Pai (“Eu e o Pai somos um”. João 17.11) e é Filho, ao ser enviado pelo Pai e subordinado enquanto Deus-homem. Há apenas uma substância (invisível, imortal e imutável), a de Deus, composta em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Quando se fala de subordinação do Filho, quando diz: “sair de meu Pai e vim a este mundo”, não caracteriza subordinação no sentido do Filho ser inferior ao Pai nem do pai ser inferior ao Filho, nem do Espírito Santo ser inferior a qualquer uma das pessoas da Trindade (pois não há na Trindade um maior que o outro), mas se trata de princípio autoritário da missão. Tanto o Pai quanto o Filho, foram enviados para aquilo pelo qual já estavam: sua missão de resgatar o homem. A Trindade nunca deixou de estar no mundo, enquanto Deus, pois enquanto homem estava ausente, até a vinda do Cristo. Porém, quando o Cristo se manifesta em homem, se humilhando, assume uma posição inferior. Diz o texto: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,” (Filip. 2.6). Isso não quer dizer que ele não O fosse em substância.
O Jesus enquanto na condição humana, estava subordinado ao Pai, porém, enquanto Deus, da mesma essência e substância do Pai, igual ao Pai. Novamente dizendo, na Trindade não há submissão de um a outro, pois não são três deuses, mas apenas um Deus.
O Filho é Deus de Deus.
Segundo o credo de Niceno, o Pai é Deus e o Filho é Deus de Deus. O Filho tem princípio, mas sem princípio. O Filho é a vida. Não há vida sem Ele. Deus deu a sua vida e essa vida é seu Filho.
Quando a Bíblia diz que Ele é o princípio de toda criação, não quer dizer que ele seja a primeira criação de Deus, como dizem os Testemunhas de Jeová, mas que Nele se principia todas as coisas: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”(João 1.3)
Todo o versículo que aponta a condição de filho, diz respeito a sua condição humana e não divina. Ex. “Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.”(João 14.28). Ele é o “enviado do Pai” (Jô. 5.36).
É preciso separar quanto a sua função no mundo e sua missão para com os homens. O Jesus-homem, é quem intercede, mediador, para com ele mesmo, o Deus Verdadeiro. Só assim podemos entender como o Deus reconcilia o homem consigo mesmo. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” (2 Cor. 5.19)

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